O que é suficiente? #AnsiedadeMinhaAmiga

Hoje trago-vos um episódio cheio de perguntas. Porque é que trago perguntas, quando o que queres são respostas? Porque ninguém melhor do que tu sabe qual a tua realidade nem qual o teu contexto. A pergunta transversal a todo o episódio é: O que é suficiente? Eu adorava que partilhasses as tuas respostas pelo Instagram em @raquelcoelhobunny .

A Adriene Mischler, do Yoga With Adriene, recorda-nos que “a little goes a long way”. Devagar se vai ao longe ou Grão a grão, enche a galinha o papo. Mas quão devagar é a velocidade certa? E quantos grãos enchem o papo?

Os investigadores Schwartz e colegas perguntaram-se se as pessoas se poderiam sentir pior à medida que as suas opções aumentavam. Na sua investigação concluem que a partir de certo ponto, sim. No caso dos “maximizadores”. Escuta mais no episódio de hoje do podcast ansiedade minha amiga - anxiety my friend, na tua plataforma preferida.

O que é para mim 'suficiente'? Sugiro que faças esta pergunta pensando em 3 aspectos:

1. saúde (e beleza)

2. dinheiro (e posses)

3. comunidade (família e amigos)

Segundo Oscar Wilde, "há duas tragédias na vida: não conseguires aquilo que tu queres, e conseguires aquilo que queres". As tragicomédias da vida! Certamente que já alguém te disse, “Compra isso, tu mereces!”. O curioso desta ideia é uma outra premissa: tu não bastas. Tu precisas do carro melhor, da roupa melhor, do restaurante de luxo, porque tu não bastas. Estando as necessidades básicas (Maslow) satisfeitas, as nossas necessidades passam a estar mais no sentido de pertença, de reconhecimento, de contribuição para as comunidades. Cuida de ti, para que possas cuidar dos outros. Se tens o luxo da liberdade, procura que essa liberdade chegue a outras pessoas. Uma das belezas de estarmos vivos é que podemos mudar. “Etch and sketch your life”, vai definindo e redefinindo a tua vida, desde que tomes tempo para escutar o que tu queres e podes, em vez de cegamente seguires o clickbait e os altos e baixos da internet e dos outros.

Um livro - Este mês, inspirada pela pergunta "o que é suficiente", sugiro um livro publicado

em 1900: O mágico mundo de Oz, de L Frank Baum. Dorothy e os seus companheiros

viajam, cada um à procura de algo que o complete: o espantalho quer um cérebro, para ser mais inteligente. O lenhador quer um coração, para deixar de ser insensível. O leão quer coragem, para deixar de ser cobarde, mas no final todos percebem que já tinham aquilo de que verdadeiramente precisavam.“Tu tens muita coragem, tenho a certeza." Respondeu Oz. "Aquilo de que precisas é confiança em ti próprio. Não há ser vivo que não tenha m

edo perante o perigo. A verdadeira coragem está e

m enfrentar o perigo quando tens medo, e desse tipo de coragem tu tens e muito." Mais uma vez, um livro infanto-juvenil a dar cartas!

Um filme: Minimalists, less is now, de Joshua Fields Millburn & Ryan Nicodemus

Não te deixes julgar por teres mais nem menos do que outras pessoas. Pára para escutares as tuas vozes interiores, para perceberes de que é que tu realmente precisas. Neste filme, Erwin McManus expos a importância da escolha consciente de forma simples e brilhante: “se acumulares mais das coisas erradas, elas tornam-se menos.”

Recursos & Hashtags:

• Jamie Wheal e o seu Flow Genome: https://www.ecosia.org/search?q=flowgenome+jamie+wheal

• Yoga with adriene: https://www.youtube.com/user/yogawithadriene

• Calculadora de juros: http://www.moneychimp.com/calculator/compound_interest_calculator.htm

• Maximizing Versus Satisficing: Happiness Is a Matter of Choice, by Schwartz et al: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12416921/

• Bluezones, zonas no mundo onde se vive mais e melhor: https://info.bluezonesproject.com/origins

• The minimalists, less is now: https://www.netflix.com/watch/81074662?trackId=14277281&tctx=-97%2C-97%2C%2C%2C%2C

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Desejo-te bons mergulhos nessa aventura de descobrir e redescobrir o que é suficiente para ti! Partilha esta newsletter e o podcast com alguém que possa beneficiar do o ouvir.

Obrigada por estares desse lado!

Um abraço,

Raquel Coelho